“Seu
Cristo é judeu. Seu carro é japonês. Sua pizza é italiana. Sua
democracia, grega. Seu café, brasileiro. Seu feriado, turco. Seus algarismos,
arábicos. Suas letras, latinas. Só o seu vizinho é estrangeiro”.
(ZygmunT
Bauman Adaptado de Identidade. Rio de Janeiro: Zahar, 2005).
Lembram-se
que na primeira postagem do blog, nós os indagamos a pensar sobre a influência
que a globalização tem em nossas vidas pessoais? Talvez o trecho acima nos
ajude a encontrar a resposta dessa pergunta. O autor, o sociólogo Zygmunt
Bauman, nos mostra como nossa cultura, uma vez que globalizada, sofre
influência de vários outros países, desde o modelo de sociedade criado na
Grécia antiga, a Democracia, até a nossa maneia de contar, em algarismos arábicos.
Mas não
precisamos pensar tão a fundo para sentirmos a globalização agir em nossas
vidas. Por exemplo, se você tem um celular da Samsung, você utiliza um aparelho
coreano, se você joga videogame, e prefere um X-box, americano, mas se optar
pela Sony, japonês. Isso sem contar na quantidade de coisas que compramos,
olhamos na etiqueta e lá está um “made in China”. Isso apenas para citar alguns
casos.
Pensando
nisso (e como sabemos que muitos de vocês estão prestes a prestar vestibular),
tente responder a pergunta a seguir, retirada da Fuvest (2014, prova V).
Questão.
O local e o global determinam-se reciprocamente,
umas vezes de modo congruente e consequente, outras de modo desigual e
desencontrado. Mesclam-se e tensionam-se singularidades, particularidades e
universalidades. Conforme Anthony Giddens, “A globalização pode assim ser
definida como a intensificação das relações sociais em escala mundial, que
ligam localidades distantes de tal maneira que acontecimentos locais são
modelados por eventos ocorrendo a muitas milhas de distância e vice-versa. Este
é um processo dialético porque tais acontecimentos locais podem se deslocar
numa direção inversa às relações muito distanciadas que os modelam. A
transformação local é, assim, uma parte da globalização”. (Octávio Ianni,
Estudos Avançados. USP. São Paulo, 1994. Adaptado.)
Neste texto, escrito no final do século XX, o autor
refere-se a um processo que persiste no século atual. A partir desse texto,
pode-se inferir que esse processo leva à:
a) padronização da vida cotidiana.
b) melhor distribuição de renda no planeta.
c) intensificação do convívio e das relações
afetivas presenciais.
d) maior troca de saberes entre gerações.
e) retração do ambientalismo como reação à sociedade
de consumo.
Eu colocaria como resposta a letra D.
ResponderExcluirKamilla Magalhães 3ºD